domingo, 5 de agosto de 2012

Caravana de Pós-Graduandos a Brasília pelo reajuste das bolsas já!


A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e a Associação de Pós-Graduandos APG-UFMT convocam todos os pós-graduandos a ocuparem a cidade de Brasília nos dias 28, 29 e 30 de agosto em defesa do reajuste das bolsas de pesquisa e em defesa de uma política permanente de valorização.
Em maio, na cena do congresso da ANPG, a CAPES e o CNPq anunciaram para agosto deste ano um reajuste de pouco mais de 10% nestes valores. As bolsas de mestrado passariam de R$1.200,00 para R$ 1.350,00 e as de doutorado de 1.800,00 para R$ 2.000,00. Segundo as duas agências de fomento um novo aumento de 10% aconteceria em janeiro de 2013.
Entretanto, para a APG da UFMT e para a ANPG este ajuste ainda é muito insuficiente. O movimento nacional de pós-graduandos reivindica de forma justa que o governo federal apresente o reajuste dos 40% necessários para a valorização da pesquisa no país, de modo que as bolsas de mestrado alcancem o valor de R$ 1.680,00 e as de doutorado R$2.520,00, ainda em 2012.
Já se passaram mais de quatro anos desde que o governo federal efetivou o último aumento nas bolsas. Desde então os pesquisadores viram suas bolsas de pesquisa serem corroídas pela inflação acumulada no período, de forma que o reajuste de 40% imediatos se constitui no mínimo para que as bolsas não apenas superem a inflação acumulada no período como também se valorizem de fato, acompanhando o crescimento econômico do país.
Reivindicaremos também em Brasília, no bojo do movimento dos 40%, que também se estabeleça uma política permanente de valorização e isonomia das bolsas de pesquisa. Para tanto, lançaremos nesta Caravana uma forte campanha em prol desta que é um direito dos pós-graduandos brasileiros. Queremos direito e não apenas concessões!
A APG da UFMT está se organizando para levar uma delegação a Brasilia para participar desta importante luta para todos nós. Entre em contato conosco e vamos juntos lutar por melhores condições para a pós-graduação. 
Esta mobilização nacional que esta sendo organizada pela ANPG terá um importante papel para   conseguiremos pressionar os parlamentares e o governo federal por mais investimentos na ciência e tecnologia. Valorizar as pesquisas é valorizar a soberania nacional, o desenvolvimento científico, social e humano. Em última instância, valorizar as pesquisas é valorizar o Brasil.


Moção por audiência pública da ANPG com a Presidência da República



Presidenta Dilma,


No dia 18 de maio de 2012 a CAPES oficializou em nota pública a sinalização de aumento de pouco mais de 10% nos valores das atuais das bolsas de pesquisa de ambas as agências para 1° de Julho de 2012. Contudo, esse aumento além de estar aquém das necessidades e reivindicações dos pós-graduandos não é compatível com o projeto de um país que é a sexta economia mundial e pretende se tornar referência em ciência, tecnologia e inovação, tanto que não é fruto de um aporte adicional de verbas para ciência e tecnologia, ou mesmo, para a educação e sim de um remanejamento que ocorre sobre a égide de um violento contingenciamento de 55 bilhões de reais no orçamento da União.
Frente ao exposto, demandamos a urgente reversão deste contingenciamento e o imediato reajuste das bolsas de pesquisa em quarenta por cento (40%), demanda que para além de justa frente à inflação acumulada e os aumentos em custo de vida gerados nestes últimos quatro anos atende em especial a meta já indicada no Plano Nacional de Pós Graduandos (PNPG) de 2005-2010, assim como propomos o estabelecimento de uma política permanente de valorização das bolsas de pesquisa.
Nós da Associação de Pós-Graduandos APG-UFMT, viemos através dessa expressar nosso descontentamento frente aos valores das bolsas de pesquisa fornecidas pelas agências de fomento, CAPES e CNPq. Estamos unificados e mobilizados em torno destas pautas, de forma que, requeremos que a presidenta Dilma receba os pós-graduandos de todo o Brasil e suas entidades representativas, as APGs e a ANPG, em uma audiência pública no dia 29 de agosto de 2012, data em que estaremos todos em Brasília em caravana por uma política de valorização permanente das bolsas de pesquisa e 40% de Reajuste Já!

Associação dos Pós-Graduandos da Universidade Federal de Mato Grosso – APG/UFMT

Carta de apoio à greve dos profissionais da educação



A Associação de Pós-graduandos (APG) da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá, manifesta publicamente seu apoio à greve dos profissionais da educação pública. Entendemos que a luta por melhores condições de trabalho, por um plano de carreira digno e pela reposição salarial, entre muitas pautas, é, na verdade, a luta por igualdade social no país. Essa igualdade passa pelo acesso universal à educação pública de qualidade em todos os seus níveis.

É inadmissível que a 6ª economia do mundo trate com tanto descaso a educação, não priorizando esse importante setor do país. O Brasil hoje investe 3,18% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, 0,43% em Ciências e Tecnologia, enquanto destina 47,19% a amortizações da dívida externa. Esse cenário se reflete no setor desde o ensino básico até a pós-graduação, já que os índices de evasão, mesmo nas primeiras séries, são alarmantes. Temos um país onde ainda há analfabetismo e apenas cerca de 30% dos estudantes se formam no ensino médio.

Tudo isso se deve à política educacional do país, que não valoriza os profissionais da educação, e à falta de visão estratégica do governo em valorizar essa área e garantir o futuro do país. A luta existente nas Universidades e Institutos Federais é para se assegurar as condições básicas necessárias para que haja uma educação pública gratuita e de qualidade, passando pelos aspectos da boa remuneração dos professores e técnicos, e chegando às políticas de acesso e permanência dos estudantes.

Na pós-graduação as condições de ensino, pesquisa e extensão são semelhantes. Apesar dos avanços dos últimos anos, o dilema da falta de bolsas de pesquisa para os estudantes torna complicada a tarefa de desenvolver as importantes atividades de pesquisa que fazem parte do mestrado e do doutorado. Além disso, há mais de quatro anos não há reajuste no valor das bolsas. Este ano o Ministério da Educação (MEC), por pressão da Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG), anunciou o reajuste de 10% nos valores de 1.200 (mestrado) e 1.800 (doutorado) das bolsas. Entretanto, a nossa luta é por 40% de reajuste. Só assim poderemos recuperar as perdas dos quatro anos de aumento na inflação e possibilitar auxílio às pesquisas desenvolvidas.

Outra importante pauta é a luta por garantia de assistência estudantil para os pós-graduandos. Diferente das bolsas de pesquisa, essa assistência inclui direitos à alimentação e moradia. No caso da UFMT este direito está assegurado, contudo, em muitas outras universidades, não há assistências estudantil para a pós-graduação. Compete a nós lutar para que esse direito seja assegurado em todo o Brasil.

Entendemos que a luta dos professores e técnicos é também de todos os pós-graduandos, já que, a grande maioria de nós pretende trabalhar na formação acadêmica dos estudantes. Dessa maneira, cremos que o apoio à greve geral da educação, que já atinge 95% das Instituições Federais de Ensino é fundamental para pressionar o governo a atender de forma integral as pautas de reinvindicações.

A APG da UFMT, assim como as demais entidades representativas de estudantes, aproveita esse momento para colocar em pauta suas próprias reinvindicações, tanto nacionais como locais. Informamos à todos que em agosto será realizada a Marcha Nacional dos pós-graduandos em Brasília, onde será feita uma manifestação para pressionar o governo a negociar todas as nossas pautas. A APG está articulando a ide de uma delegação de Mato Grosso para participar desta luta.

REIVINDICAÇÕES

- Garantia de servidores técnicos administrativos nas secretarias de todos os Programas de Pós-graduação
- Ampliação do número de bolsas e reajuste de 40% do valor das mesmas, já!
- Garantia de assistência estudantil para discentes de pós-graduação em todos os campi da UFMT
- Pela restituição do corte de 55 bilhões no orçamento da União, que afetou diretamente os Ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia
- Pela criação de um Programa Nacional de Assistência Estudantil para a pós-graduação
- Pela revisão dos critérios produtivistas da CAPES e do CNPq
- Pela ampliação dos prazos de defesa e qualificação e garantia das bolsas no período equivalente à duração da greve
- Pela abertura imediata de concursos públicos para técnicos e professores
- Pela criação de uma política de incentivo e apoio aos grupos de pesquisa das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, criando as condições estruturais para o desenvolvimento de pesquisas por meio de editais e políticas governamentais que priorizem o apoio aos pesquisadores destas regiões
- Por passe livre irrestrito aos alunos de pós-graduação
- Pela aplicação de 10% do PIB na educação pública já no ano de 2013.